segunda-feira, 14 de março de 2011

Dia da Poesia: Viva a Alma e a Voz dos Poetas




São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos, 
Sem luz, sem ar, sem razão...


O trecho acima é do poema "O navio negreiro", escrito em 18 de abril de 1869, quando Castro Alves tinha apenas 22 anos.

Considerado um dos mais brilhantes poetas românticos brasileiros, é chamado de "cantor dos escravos" pelo seu entusiasmo diante das grandes causas da liberdade e da justiça - a Independência na Bahia, a insurreição dos negros de Palmares, o papel da imprensa, e acima de tudo isso a luta contra a escravidão.

Antônio Frederico de Castro Alves nasceu na fazenda Cabaceiras, próxima à vila de Curralinho, hoje cidade de Castro Alves, no Estado da Bahia. Era filho do médico Antônio José Alves e de Clélia Brasília da Silva Castro, falecida quando ele tinha apenas 12 anos. Por volta de 1853, mudou-se com a família para Salvador e lá estudou no colégio de Abílio César Borges, futuro Barão de Macaúbas, onde foi colega de Rui Barbosa. Ainda adolescente, já demonstrava vocação para a poesia.

Aos dezesseis anos foi para o Recife e começou os preparatórios para se habilitar à matrícula na Academia de Direito. Mas achando a cidade insípida, dedicou-se á boêmia e aos amores. O resultado dessa vadiagem foi a reprovação no exame de geometria. Em 1864, porém, conseguiu matricular-se no Curso Jurídico. Participou ativamente da vida estudantil e literária, sendo notado como poeta e orador, o que mais tarde ira torná-lo um dos arautos do movimento abolicionista e da causa republicana.

Em 1862 escreveu o poema "A Destruição de Jerusalém", em 1863 "Pesadelo", "Meu Segredo" (já inspirado pela atriz Eugênia Câmara), "Cansaço", "Noite de Amor", "A Canção do Africano" e outros. Em 1864, o poema "Mocidade e Morte" demonstra a maturidade do poeta.

Em 1867, quase na metade do curso de direito, Castro Alves, apaixonado pela atriz portuguesa Eugênia Câmara (dez anos mais velha do que ele), parte com ela para uma temporada na Bahia, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Na Bahia, ela representa um drama em prosa escrito por ele: "O Gonzaga ou a Revolução de Minas". Na passagem pelo Rio, Castro Alves conheceu Machado de Assis, que o introduziu nos meios literários.

Em São Paulo, cursou o terceiro ano da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, mas nas férias do fim de 1868, feriu-se no pé direito com um tiro acidental de espingarda, por ocasião de uma caçada.

Disso resultou longa enfermidade, várias intervenções cirúrgicas e finalmente a amputação do pé. Antes de regressar à sua terra natal, publicou, em 1870, o livro "Espumas Flutuantes". Foi vitimado pela tuberculose um ano mais tarde.

Castro Alves é o patrono da cadeira nº 7 da Academia Brasileira de Letras.

Suas principais obras são: "Espumas Flutuantes", "A Cachoeira de Paulo Afonso" e o drama já mencionado "Gonzaga ou a Revolução de Minas". Ao livro "Os Escravos" pertencem "Vozes d'África" e "O Navio Negreiro", considerados os dois poemas mais representativos de sua obra.




site: uol-biografias

sábado, 5 de março de 2011

Aniversário de Patativa do Assaré




Patativa do Assaré
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré (Assaré, Ceará, 5 de março de 19098 de julho de 2002), foi um poeta popular, compositor, cantor e improvisador brasileiro
Uma das principais figuras da música nordestina do século XX. Segundo filho de uma família pobre que vivia da agricultura de subsistência, cedo ficou cego de um olho por causa de uma doença. Com a morte de seu pai, quando tinha oito anos de idade, passou a ajudar sua família no cultivo das terras. Aos doze anos, frequentava a escola local, em qual foi alfabetizado, por apenas alguns meses. A partir dessa época, começou a fazer repentes e a se apresentar em festas e ocasiões importantes. Por volta dos vinte anos recebeu o pseudônimo de Patativa, por ser sua poesia comparável à beleza do canto dessa ave..
Indo constantemente à Feira do Crato onde participava do programa da rádio Araripe, declamando seus poemas. Numa destas ocasiões é ouvido por José Arraes de Alencar que, convencido de seu potencial, lhe dá o apoio e o incentivo para a publicação de seu primeiro livro, Inspiração Nordestina, de 1956.
Este livro teria uma segunda edição com acréscimos em 1967, passando a se chamar Cantos do Patativa.Em 1970 é lançada nova coletânea de poemas, Patativa do Assaré: novos poemas comentados, e em 1978 foi lançado Cante lá que eu canto cá. Os outros dois livros, Ispinho e Fulô e Aqui tem coisa, foram lançados respectivamente nos anos de 1988 e 1994. Foi casado com Belinha, com quem teve nove filhos. Faleceu na mesma cidade onde nasceu.
Obteve popularidade a nível nacional, possuindo diversas premiações, títulos e homenagens (tendo sido nomeado por cinco vezes Doutor Honoris Causa). No entanto, afirmava nunca ter buscado a fama, bem como nunca ter tido a intenção de fazer profissão de seus versos. Patativa nunca deixou de ser agricultor e de morar na mesma região onde se criou (Cariri) no interior do Ceará. Seu trabalho se distingue pela marcante característica da oralidade. Seus poemas eram feitos e guardados na memória, para depois serem recitados. Daí o impressionante poder de memória de Patativa, capaz de recitar qualquer um de seus poemas, mesmo após os noventa anos de idade.
A transcrição de sua obra para os meios gráficos perde boa parte da significação expressa por meios não-verbais (voz, entonação, pausas, ritmo, pigarro e a linguagem corporal através de expressões faciais, gestos) que realçam características expressas somente no ato performático (como ironia, veemência, hesitação, etc.). A complexidade da obra de Patativa é evidente também pela sua capacidade de criar versos tanto nos moldes camonianos (inclusive sonetos na forma clássica), como poesia de rima e métrica populares (por exemplo, a décima e a sextilha nordestina). Ele próprio diferenciava seus versos feitos em linguagem culta daqueles em linguagem do dia-a-dia (denominada por ele de poesia "matuta").

quarta-feira, 2 de março de 2011

Veja dicas para cultivar emoções positivas e manter a saúde

Por Carla Prates
Especial para o UOL Ciência e Saúde


Dicas

 Adotar uma postura mais positiva em relação à vida, buscando qualidade de vida, bem-estar e espiritualidade, faz bem à saúde, segundo os médicos. Veja algumas dicas para cultivar emoções saudáveis:

1- Pratique exercícios regularmente, o que vale principalmente para pessoas muito ansiosas, pois o exercício diminui a descarga de adrenalina e atua na liberação de endorfina (o hormônio do bem-estar).

2- Desenvolva a espiritualidade (aproxime-se da natureza e cultive uma crença). Segundo estudo do médico e pesquisador Barak Y., da Universidade de Tel-Aviv, em Israel, a espiritualidade leva a pessoa a um estado mental que induz ao equilíbrio neurofisiológico e dos hormônios, além de atuar favoravelmente na imunidade. A fé também é uma potente fonte contra adversidades.

3- Dedique-se a hobbies, passatempos, leve uma vida mais tranquila, com menos ambições. Incluir momentos agradáveis em um dia de trabalho comum, por exemplo, pode tornar os indicadores fisiológicos do estresse – como secreção do cortisol e a frequência cardíaca – iguais aos de um dia de lazer, segundo o livro “Coração...É Emoção”.

4- Fique atento ao seu ritmo de vida. Se for muito competitivo, viver brigando ou se frustrar muito na vida, saiba que essas emoções podem ser prejudiciais à saúde. A mesma coisa vale para a desmotivação, a desesperança.

5- Alimente-se melhor, durma mais e cuide da saúde de forma geral. A saúde física está ligada a emocional e vice-versa.

6- Caso não consiga superar e lidar com as adversidades da vida e a ansiedade, não hesite em procurar ajuda, como um grupo de apoio, técnicas de meditação, relaxamento, oração, psicoterapia. Falar abertamente sobre o sofrimento e ser compreendido permite que essa dor psíquica seja elaborada no nível simbólico (das palavras, ideias e emoções) e não tenha que se expressar pela via corporal.

7- Mantenha uma rede de apoio social. Segundo uma pesquisa americana, um amigo íntimo que more em um raio de 1,5 km aumenta a chance de que uma pessoa esteja feliz em 25%.

8- Ao identificar uma dor emocional, procure um médico. Da mesma forma que costumamos checar colesterol, triglicérides, pressão arterial é preciso dar atenção especial às emoções que causam sofrimento por tempo prolongado e de forma intensa. É sempre possível fazer modificações.


Aproveite o melhor da vida...

o Computador incentivando a escrita

Como aprender a escrever?


Manuais de escrita feitos por quem entende do riscado, oficinas literárias, jogar todas as ideias no papel. Afinal, onde e como começa o trabalho de um escritor?
Por Rafael Rodrigues(site da uol)
Acrescente popularização da internet nos últimos anos trouxe à tona uma verdade da qual poucos desconfiavam, mas que agora é notória: o número de pessoas que gostam de escrever e querem ser lidas é muito maior do que se imaginava. Prova disso é a quantidade de blogs criados na rede mundial de computadores.
Segundo o site BlogPulse (www.blogpulse.com), existem mais de 143 milhões de blogs no mundo inteiro - até o fechamento desta matéria -, sendo que alguns desses endereços virtuais são mantidos não apenas por uma pessoa, mas por duas ou mais, as chamadas equipes de blogs coletivos. É possível encontrar desde espaços destinados a simples desabafos sobre o dia a dia até blogs que abrigam textos longos e reflexivos sobre temas variados.
Mas o que leva alguém a escrever e publicar na internet? É possível que o grande chamariz seja a possibilidade de ter seus textos lidos por conhecidos e desconhecidos do mundo inteiro, sem muito mais trabalho que o de escrever e clicar no botão de postagem. O ato de escrever repentinamente se tornou um hábito para pessoas que antes nem sequer mantinham um bom e velho querido diário. Com tanta gente escrevendo virtualmente, não demoraria muito para que os autores da internet começassem a sentir necessidade de transformar suas páginas virtuais em páginas impressas.